Colecionando títulos: Gabi Guimarães encerra sua primeira temporada no vôlei italiano com cinco taças e prêmios individuais

Uma das principais jogadoras de vôlei da atualidade, Gabriela Guimarães finalizou, no último domingo, 04, uma temporada de ouro na Itália. Em seu primeiro ano jogando no vôlei italiano, a ponteira brasileira foi destaque absoluto no clube Conegliano, conquistando todos os títulos possíveis: Supercopa Italiana, Copa Itália, Campeonato Italiano, Mundial de Clubes e Liga dos Campeões da Europa. Além disso, foi eleita a Jogadora Mais Valiosa (MVP) das finais do Campeonato Italiano e reconhecida como a melhor ponteira da Champions League. 

O último título veio no domingo, 04, com o Conegliano erguendo a taça da Liga dos Campeões da Europa (CEV Champions League) 2024/25. A equipe da brasileira venceu o Scandicci, também da Itália, por 3 sets a 0 — com parciais de 25/16, 25/21 e 25/19 — e garantiu o tricampeonato em partida realizada em Istambul, na Turquia. Gabi somou 11 pontos, sendo nove de ataque e dois de bloqueio.

Gabi chegou ao Conegliano em julho de 2024 e adaptou-se rapidamente tanto ao time como à cultura local. 

“Foi uma temporada incrível. É uma cidade muito tranquila, um time que trabalha muito bem para que a gente esteja à vontade para jogar e esse elenco foi realmente muito especial”, conta a jogadora. Apesar do destaque individual, para a brasileira, a força coletiva do time foi o diferencial nesta temporada. 

“Fomos um time que trabalhou muito duro. Sem ego, sem vaidade, com cada uma tendo muita consciência do seu papel e das suas responsabilidades. Acho que esse foi o ponto importante pra gente sair da teoria e conseguir concretizar os objetivos”, pondera.

Os próximos passos serão focados na recuperação física e mental antes de retornar às quadras para os desafios com a seleção brasileira. 

“São dez anos seguidos entre clubes e seleção, então 2025 sendo um ano pós olímpico, início de um novo ciclo, entendo que seja o momento de ter uma pausa pra conseguir realmente descansar, desligar a cabeça e recarregar o corpo”, avalia a atleta. “Estar na seleção, é estar 200% disponível, então vai ser fundamental esse descanso pra poder me apresentar com 100% da minha capacidade”, completa. 

Com uma rotina intensa de treinos e competições, Gabi destaca a importância de ter tempo para olhar também para a saúde mental. “Eu não deixo nunca de me cuidar, de malhar, me alimentar bem, dormir, então isso seguirá normalmente, mas com um tempinho pra descansar a cabeça."
 

Pela seleção brasileira, Gabi foi prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024. A ponteira ainda conquistou prata e bronze nos Mundiais de 2022 e 2014, respectivamente. Em Grand Prix, a brasileira conquistou ouro em 2013, 2014 e 2016, além do bronze em 2015. Junto da seleção, Gabi ainda conquistou prata na Liga das Nações de 2019, 2020 e 2022. Além de ser penta-campeã Sul-Americana (2013, 2015, 2021 e 2023).

O Brasil retorna às quadras em junho, para a Liga das Nações (VNL, sigla em inglês para Volleyball Nations League) 2025, que terá o Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, como palco para a primeira fase da disputa. O Mundial será realizado de 4 a 8 de junho, com as equipes: Brasil, Tchéquia, Itália, Estados Unidos, Alemanha e República da Coreia. Para esta sétima edição da VNL, Gabi projeta uma renovação natural da equipe para o novo ciclo. 

“Estou muito animada para esse recomeço com a seleção. Como todo início, exige paciência, calma e muito trabalho. Vai ter uma renovação natural, como todo ciclo, então a gente vai ter que aprender junto e descobrir os caminhos. Mas acho que o principal é a paciência. Claro que a gente sempre quer vencer, mas alguns processos levam tempo”, afirma a jogadora. 

Na quarta-feira, 7, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) divulgou uma lista das 30 jogadoras inscritas pelo Brasil para a Liga das Nações feminina 2025. Até o momento, o técnico José Roberto Guimarães convocou para os treinos preparatórios as seguintes atletas: Jheovana, Kisy e Tainara (opostas); Macris e Roberta (levantadoras); Ana Cristina, Helena e Julia Bergmann (ponteiras); Diana, Julia Kudiess, Lorena e Luzia (centrais); e Kika e Laís (líberos).